Nos últimos dias 29 a 31 de maio, a Expo Museu do Mar esteve presente na 3° edição da Indaiatuba Eco, uma iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo da cidade do interior paulista, em comemoração a Semana do Meio Ambiente.
Realizado no Parque Ecológico, local onde funcionará o Parque da Criança, o evento contou com entrada gratuita, registrando mais uma vez sucesso de público. Na sexta-feira (29), 3 mil estudantes passaram pelo Indaiatuba Eco e, no sábado e domingo, com a abertura do espaço para o público geral, mais 23.200 pessoas marcaram presença.
Mais de 26000 pessoas visitam Expo-Museu do Mar na 3ª na parte interna do evento, os visitantes passaram por vários cenários montados pelos organizadores.
O caminho iniciou com um passeio sombrio pela natureza morta (enfocando a triste realidade do desmatamento), mas logo se tornou mais belo com a passagem pelos ambientes que representavam a natureza viva, tais como as fontes, as nascentes, as fontes de água limpa e os peixes. Tudo cercado por muito verde, pelo colorido das flores e pelo som dos pássaros.
Durante o trajeto, o público prestigiou ainda a exposição da Polícia Ambiental, que apresentou diversos animais silvestres embalsamados, vítimas de atropelamentos ou de caça irregular.
Outros espaços ensinaram sobre as abelhas e sua importância na natureza, as formas de montar uma horta e um pomar orgânico, os meios de utilizar a água da chuva, a transformação da madeira de demolição em móveis e o trabalho de triagem do lixo reciclável que é depositado nos ecopontos da cidade e que vão para a Usina de Reciclagem mantida pelo Urbanismo nas instalações do Aterro Sanitário. Com o tema “A vida no mar”, a Expo-Museu do Mar (evento itinerante inédito no Brasil) fechou a exposição interna da Indaiatuba Eco, representando os ambientes praiano e oceânico.
Na entrada do espaço, uma réplica das maxilas do Megalodonte (tubarão pré-histórico extinto há trinta milhões de anos) chamou a atenção de milhares de pessoas, as quais não deixaram de tirar fotos ao lado da reprodução. Posteriormente, 13 vitrines com painéis fotográficos apresentaram a vida no mar, expondo em ordem evolutiva os principais grupos marinhos: algas, esponjas, cnidários, moluscos, crustáceos, equinodermos, peixes, animais marinhos perigosos e animais marinhos curiosos.
Uma última vitrine foi dedicada à conscientização ecológica, enfatizando os cinco tipos de poluição marinha: poluição urbana, agrícola, térmica, industrial e radioativa. Ao centro da exposição, um grande esqueleto de Baleia Minke medindo 8,5 metros de comprimento (uma das principais atrações do evento) despertou a curiosidade de crianças e adultos, que aproveitaram para tirar mais fotos. Além de um painel com cabeças embalsamadas e mandíbulas de alguns dos principais tubarões da costa brasileira (tubarões touro, anequim e martelo), a Expo-Museu do Mar possibilitou também ao público o contato direto com algumas espécies.
Noções de anatomia em peixes ósseos e cartilaginosos (raias e filhotes de tubarões), uma mesa de toque onde os visitantes puderam manusear o material biológico e até um pequeno tanque com espécies vivas (pepinos do mar, ouriços e anemonas) enriqueceram ainda mais a exposição. No atendimento ao público, biólogos e estudantes de ciências do mar da equipe do Museu do Mar contaram com o apoio de estagiários-monitores das universidades e instituições de ensino locais (Max Planck, FIEC, PUC), estabelecendo um interessante e construtivo intercâmbio acadêmico.
Ao longo dos três dias de evento, cumpre destacar ainda as continuas sessões de teatros de fantoches, com a apresentação da peça “Mar não é lugar de lixo, mar é lugar de bicho”. A estória falou sobre o capitão Sujamar, que vivia poluindo os oceanos, mas ao final foi convencido pela baleia azul a ser um defensor do meio ambiente. Voltado especialmente ao público infantil e estudante, o teatro de fantoches teve uma grande acolhida também por parte dos adultos, contribuindo assim para os propósitos ambientalistas da Indaiatuba Eco. Sobre o sucesso do evento em sua terceira edição, José Carlos Selone, secretário de Urbanismo e Meio Ambiente de Indaiatuba declarou: “O público a cada ano é maior e todos gostam muito desse evento.
E isso que nos deixa motivados para montar a exposição e fazer sempre o melhor. Nossa proposta é mostrar o trabalho que é feito pelo município na área do meio ambiente, mas também envolver os visitantes com outros trabalhos na área e mostrar que podemos fazer a diferença com pequenos gestos”.